Uma Brevíssima História da Matemática em Portugal através da Tipografia Portuguesa — José Francisco Rodrigues
A publicação em 1496, em Leiria, do Almanach perpetuum de Abraão Zacuto constitui a primeira obra de natureza científica impressa em Portugal e é um marco do início da cultura das Matemáticas por influência e com utilização da náutica lusitana, nomeadamente nas primeiras viagens oceânicas de Vasco da Gama e de Pedro Álvaro Cabral nos finais do século XV. Com as aritméticas comerciais renascentistas e sobretudo com a publicação de algumas das obras de Pedro Nunes, de 1537 a 1573, a tipografia portuguesa de obras matemáticas, apesar de escassa, fornece marcos que ilustram contributos relevantes ao desenvolvimento da Cultura Matemática quinhentista.
Nos séculos seguintes, as publicações de livros de matemáticos estão associadas a instituições de ensino geral ou profissional e, no século XVIII com as reformas pombalinas, em particular a da Universidade portuguesa, acompanharam a modernização da cultura matemática. Nalguns casos, como nos Princípios de Mathematica (1790) de José Anastácio da Cunha, ou nas Memórias da Academia das Ciências de Lisboa, como a da Statica de Daniel da Silva (1851), contém mesmo contributos originais relevantes da autoria de matemáticos portugueses. O Journal de Sciencias Mathematicas e Astronomicas, fundado em 1877 por Francisco Gomes Teixeira, constitui primeira revista ibérica de artigos de investigação matemática que também visava a internacionalização dos trabalhos originais feitos em Portugal.
Através de trinta duas obras de Ciências Matemáticas publicadas pela tipografia portuguesa, culminando em 1987 cm a publicação do volume 44 da Portugaliae Mathematica, a revista científica da Sociedade Portuguesa de Matemática fundada em 1937 por António Monteiro, cuja publicação utilizou a composição digital em TeX pela primeira vez, é possível fazer uma breve síntese e uma revisitação ilustrada dos principais marcos de cinco séculos da História da Matemática em Portugal.
*
Nanotecnologias: desafios actuais — Paulo Peixeiro de Freitas
Do laboratório para a vinha: controlo da maturação da uva e do stress hídrico da videira com tecnologia optica integrada
Tecnologia optica integrada está a ser desenvolvida para a realização de medidas de reflectividade difusa e de fluorescência do visível ao infravermelho) em módulos incorporados dentro do cacho ou próximo da superfície da folha. A partir destas medidas podemos inferir parâmetros químicos da uva que variam consistentemente durante a maturação bem como podemos tentar determinar o estado de “stress“ hídrico da videira. Estes módulos óticos integrados ( LEDS, fotodiodos, filtros, CMOS) funcionam autonomamente durante cerca de 2 meses ( entre final de junho e meados de setembro) enviando informação diária de uma rede de sensores na vinha ( módulos óptico e de comunicação) que via rádio comunicam com um “router” e via internet enviam os dados para um servidor remoto, permitindo ao agricultor um controlo diário da maturação e do estado hídrico da videira sem intervenção humana. Dados de campo e de laboratório são recolhidos e analizados para validar os modelos utilizados para extrair parâmetros químicos e físicos da uva e da videira a partir das medidas ópticas. Este trabalho está a ser realizado no âmbito do projecto I grape do H2020 coordenado pelo INL e tendo como parceiros a Sogrape, o INESC MN, a Univ. De Milão, a Univ. De Friburgo, e uma companhia italiana Automation.
//
From lab to vineyard: controlling grape maturation and vine hydric stress with optical IOT technology.
Integrated optical technology is being used to develop diffuse reflectance and fluorescence based modules that are inserted either in the grape bunch or beneath the leaf surface to monitor grape maturation chemical parameters and vine water status during the grape maturation period ( late June to mid September in Portugal) helping the farmer to decide optimum harvest times or irrigation needs. The modules operate remotely and information is sent via radio to a control station and then through internet to a remote server. The technology allows the farmer to have daily information on grape maturation and water status from a network of sensors deployed over the vineyards without human intervention. Field and laboratory data is being collected and analyzed to validate models used to infer chemical and water status parameters from optical data. Work being done within the I GRAPE H2020 project (INL, Sogrape, INESC MN, UNIMI, IMTEK/U Friburg, and Automation).
Dados de acesso Zoom:
Pode aceder aqui.
Meeting ID: 843 7415 0902 // Password: 123456