A decisão de financiamento das empresas — Clara Raposo
A escolha de financiamento por parte das empresas tem sido, ao longo de muitas décadas, alvo de investigação teórica e empírica.
Por que motivo uma empresa opta por se financiar com um dado nível de endividamento? Será que existe uma estrutura de capital (combinação de capital próprio e alheio) ótima para uma empresa? Porque é que nem todas as empresas escolhem a mesma combinação de capital próprio e capital alheio para financiarem as suas atividades?
Esta comunicação irá responder a estas questões, percorrendo, ao longo do tempo, o corpo de literatura sobre o tema.
Partimos do senso comum do início do século XX até chegarmos aos primeiros resultados sólidos (e algo surpreendentes, à época) de Modigliani e Miller (1958). Estes galardoados com o Prémio Nobel da Economia (Modigliani em 1985 e Miller em 1990) estabeleceram o resultado da irrelevância da decisão de financiamento das empresas.
Desde então, vários autores (entre os quais o próprio Miller) adicionaram aos resultados seminais de 1958 um conjunto de fatores relevantes para essa decisão. As chamadas “imperfeições de mercado”, como impostos ou assimetria de informação, levam a que haja uma preferência para financiamento com dívida ou capital próprio. Nesta comunicação, percorreremos, então, os fatores que foram identificados até hoje como relevantes para a decisão de investimento.
A comunicação foca-se uma abordagem teórica, cobrindo as Teorias do “Trade-Off” e da “Pecking Order, sem deixarmos de dar umas luzes quanto à realidade empírica – cuja análise terá de ficar para uma próxima comunicação.
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Levar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ao nível local: para quê e como — João Ferrão
O ODSlocal - Plataforma Municipal dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável é um projeto ambicioso que visa mobilizar decisores políticos, agentes económicos, organizações não-governamentais e cidadãos a favor da Agenda 2030 das Nações Unidas ao nível local. Procura-se, desta forma, ultrapassar uma das principais dificuldades com que essa Agenda se confronta em todos os países: passar do nível discursivo e dos compromissos formais de âmbito nacional para o quotidiano das organizações e das pessoas. Serão apresentados a história do projeto, os resultados já alcançados e algumas perspetivas futuras, nomeadamente de alargamento aos países da CPLP.
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