Agustina Bessa-Luís foi uma romancista portuguesa várias vezes condecorada por ter sido uma grande figura da literatura nacional durante o século XX. Em 1949 apresentou-nos, na sua estreia, o “seu” Mundo Fechado que antecipa, de certa forma, devido à temática e ao estilo literário, a sua maior obra, publicada em 1954, intitulada A Sibila, através da qual ganha um enorme reconhecimento. Ademais algumas das suas obras, como o Fanny Owen, Terras de Risco e A Mãe de um Rio, foram adaptadas para o cinema pelo cineasta e amigo de Agustina, Manoel de Oliveira, com os títulos Francisca (1981), O Convento (1995) e Inquietude (1998), respetivamente. Bessa-Luís também esteve envolvida na criação de peças de teatro e guiões televisivos, chegando a ser adaptado para teatro o seu romance As Fúrias, encenado por Filipe La Féria no Teatro Nacional D. Maria II, no ano de 1995.
A versatilidade de Agustina Bessa-Luís resultou na publicação de mais de cinquenta obras em diversos estilos literários, tendo algumas sido traduzidas para alemão, castelhano, francês, grego, romeno, entre outras línguas.
O seu repertório levou, ultimamente, à sua distinção em inúmeros prémios literários, tendo mesmo ganho o mais importante da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 2004. No ano seguinte foi-lhe atribuído o título de Doutora Honoris Causa pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Na 5ª-feira, dia 10 de novembro, pelas 15h00, no Salão Nobre da Academia das Ciências de Lisboa e via Videoconferência, dar-se-á início à comemoração do Centenário De Agustina Bessa-Luís, ex-Académica da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Brasileira de Letras e da Academie Européenne des Sciences, des Arts et des Lettres. Numa Sessão que conta com a participação da académica Helena Buescu e dos oradores convidados: Pedro Mexia e Joana Matos Frias.